Duas versões da razão prática

Hume e Tomás de Aquino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25185/14.11

Palavras-chave:

Razão prática, Vontade, Motivo, Causa, Eficiência

Resumo

Tomás de Aquino teria concordado com a abordagem de Hume na is-ought question, conhecida também como "lei de Hume", porque ambos coincidiriam que não é a razão teórica que move a ação moral. Agir bem é próprio do homem comum, não dos metafísicos. A is-ought question abre um campo de investigação muito interessante sobre a diferença entre razão teórica e razão prática, bem como sobre a função preceitiva desta última e o tipo de causalidade que exerce sobre a vontade. Coloca-se também o problema da instrumentalização da razão prática, quer por ser considerada como uma mera razão auxiliar, escrava das paixões, como no caso de Hume, quer porque é considerada como uma mera razão auxiliar, escrava das paixões no caso de Hume; ou pela sua degradação devido às paixões desordenadas, como no caso de Tomás de Aquino. Uma tal investigação conduz também à apreciação de uma filosofia que distingue diferentes causalidades na realização da ação moral, por oposição a outra filosofia que reduz a causalidade de tal ação apenas à causa eficiente, ignorando de passagem a espiritualidade do homem.

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Publicado

2023-11-20

Como Citar

Elton, María. 2023. “Duas Versões Da razão prática: Hume E Tomás De Aquino”. Humanidades: Revista De La Universidad De Montevideo, nº 14 (novembro):255-75. https://doi.org/10.25185/14.11.