Bartolomé de Albornoz e a escravidão. Uma crítica a partir da filosofia da economia.
DOI:
https://doi.org/10.25185/8.5Palavras-chave:
Filosofia da Economia, Escravidão e Restituição, Escola de Salamanca, Scholastica ColonialisResumo
A obra de Bartolomé de Albornoz, a Arte de los Contractos (1573), foi percebida por Hanke (1959), Davis (1966) e outros autores como a de um forte crítico da escravidão. Recentemente, J. Tellkamp (2004) criticou essas interpretações, observando que em sua opinião uma leitura completa da Arte dos Contratos apresenta uma oposição menos contundente do que a que lhe é atribuída. Para ele, a crítica à escravidão que ali se lê, analisada sob a ótica da Filosofia Política, apresenta-se, no mínimo, como ambígua. Neste artigo, proponho rever a posição de Albornoz sobre a escravidão e, assumindo alguns dos aspectos propostos por Tellkamp, propor uma explicação alternativa para essa pretensa ambigüidade. Tentarei mostrar que, no caso de Albornoz, há uma tentativa consciente de derivar certas discussões geralmente levantadas na filosofia do direito e na filosofia política para o arcabouço epistemológico da filosofia da economia. Se isso estiver correto, então, ao tratar desse assunto, Albornoz usa um argumento alternativo aos usuais e, portanto, visto ao longo de sua obra sob essa perspectiva, sua crítica à escravidão seria sólida, desde que fosse reconhecida como consistente com esses princípios.
Downloads
Referências
Albornoz, Bartolomé de. Arte de los contractos (Valentina: Pedro de Huete, 1573). Albornoz, Bartolomé de. El arte de los contratos (Buenos Aires: Educa, 2020). Alonso Rodríguez, Bernardo. “El Doctor Bartolomé Frías de Albornoz, primer catedrático de Instituta en la universidad de México”. En: Estudios in Memoriam del profesor Alfredo Calonge, coordinado por Justo García Sánchez Pelayo de la Rosa Díaz y Armando José Torrent Ruiz. Salamanca: Caja Durero / Asociación Iberoamericana de Derecho Romano, 2002. Cauriensia, Vol. VI, 2011. Chafuén, Alejandro. Raíces cristianas de la economía de mercado. Santiago: Fundación para el Progreso, 2013. Davis, David Brion. The Problem of Slavery in Western Culture. Oxford: Oxford University Press, 1966. Fogel, Robert y Engerman, Stanley. Time on the Cross: The Economics of American Negro Slavery. Boston: Little, Brown, 1974. Hanke, L. Aristotle and the American Indians. A Study in Race Prejudice in the Modern World. Londres: Hollys and Carter, 1959 Koslowski, Peter. “Philosophy and Economics. An introduction”. En Economics and Philosophy, ed. Peter Koslowski. Tubinga: Mohr Siebeck, 1985. Levene, Ricardo. Introducción a la historia del derecho indiano. En Obras Completas. Tomo III. Buenos Aires: Academia Nacional de la Historia, 1952. Perpere Viñuales, Alvaro. “La Reflexión de Bartolomé de Albornoz sobre los Mercaderes y su trabajo”. Humanidades. Revista de la Universidad de Montevideo, n° 1, (junio 2017): 97-111. https://doi.org/10.25185/1.6 Pich, Roberto Hofmeister. “SIEPM Project “Second Scholasticism”: Scholastica Colonialis”. Bulletin de philosophie médiévale, n° 52 (2010): 25-45. Popescu, Oreste. “El pensamiento económico en la Escolástica Hispana”. En: Aportaciones a la Económica Indiana, editado por Popescu, Oreste, 1230. Buenos Aires: Instituto del Pensamiento Económico Latinoamericano, 1995.
Rodríguez Penelas, Horacio. Ética y sistemática del contrato en el siglo de oro. La obra de Francisco García en su contexto jurídico moral. Pamplona: Eunsa, 2007. Schumpeter, Joseph Alois. Historia del Análisis Económico. Barcelona: Ariel, 1971. Soto Kloss, Eduardo. “El ‘Arte de los Contractos’ de Bartolomé de Albornoz, un jurista indiano del siglo XVI”. Revista Chilena de Historia del Derecho, n° 11 (enero 1985): 185. http://www.historiadelderecho.uchile.cl/ index.php/RCHD/article/view/25007/26358 Tellkamp, Jörg Alejandro. “Esclavitud y ética comercial en el siglo XVI”. Anales del Seminario de Historia de la Filosofía, n°21, 2004.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Alvaro Perpere Viñuales
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.