Discursos de jardím
DOI:
https://doi.org/10.25185/11.5Palavras-chave:
Jardim, Arquitetura, Modernidade, Tradição, DesenhoResumo
Este artigo versa sobre dois jardins concebidos em Montevidéu há quase cem anos. Embora afetados pelo passo do tempo, trata-se de espaços verdes ainda, que nos permitem ler as suas formas e os fundamentos das suas concepções originais, bem como um conjunto de ideias que os acompanharam enquanto eram preservados e mantidos pelos proprietários. Refiro-me, em particular, à casa de veraneio do poeta Juan Zorrilla de San Martín –em Punta Carretas– e à quinta no bairro de Atahualpa, que pertenceu ao filósofo Carlos Vaz Ferreira. A concepção, o desenho, os laços com a arquitetura que os originou e, sobretudo, a sua relação com os escritos e discursos de ambos os intelectuais, fazem destes parques privados verdadeiros «textos» fundamentais e insubstituíveis para a compreensão das suas reflexões sobre a arquitetura, a sociedade e o contexto histórico a que pertenciam. Nesse sentido, tanto Zorrilla quanto Vaz Ferreira foram personagens próximos da matéria arquitetônica e esta última condição multiplicou o meu interesse pelos jardins que lhes pertenceram e formaram parte indissolúvel dos seus modos de viver e pensar.
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Referências
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