A reflexão de Bartolomeu de Albornoz sobre os Mercadores e o seu trabalho
entre a ética e a economia
DOI:
https://doi.org/10.25185/1.6Palavras-chave:
Filosofia económica, Escolástica, Etica e comércio, Etica social, Escolasticismo latino-americanoResumo
Neste artigo, debruço-me sobre a evolução do tratamento dado por Bartolomé de Albornoz aos mercadores e à sua atividade. Na sua obra Arte de los Contractos (1573), a sua reflexão sobre os contratos não se limita à análise jurídica, mas abrange também as implicações económicas, morais e sociais. Na sua análise do comércio, Albornoz salienta que esta atividade é boa tanto do ponto de vista moral como social. Para ele, os comerciantes, ou seja, aqueles que fazem especificamente do comércio o seu modo de vida, devem ser considerados pessoas muito importantes nas suas sociedades, uma vez que, com o seu trabalho, não só recebem dinheiro para si próprios, mas também criam bem-estar e permitem que outras pessoas tenham uma vida melhor. Ao mesmo tempo, do ponto de vista moral, Albornoz afirma que esta atividade não tem um mal intrínseco em si mesma. Finalmente, nesta abordagem filosófica dos comerciantes e do seu trabalho, que envolve tanto o aspeto social como moral da atividade comercial, é útil compreender as diferenças de desenvolvimento que podem ser observadas entre diferentes sociedades. Para Albornoz, o bem-estar das cidades e dos reinos está ligado a esta consideração de bondade ou maldade,
social e moralmente, que é dada a este trabalho, e não à posse de ouro ou de tesouros. Para ele, a verdadeira prosperidade surge nos lugares onde os comerciantes recebem a honra que merecem.
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